“Complete o tanque, por favor”. Ao dizer isso, nem sempre pensamos na enorme cadeia produtiva que está por trás da produção de combustíveis no Brasil e no mundo. Por isso mesmo, achamos bacana falar sobre como o petróleo vira gasolina. Logo abaixo, veja 5 etapas do poço até o posto. Imperdível!
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De modo bastante parecido, por aqui no blog também já falamos sobre o combustível derivado de pneus: ele é mesmo uma solução ambiental? Falamos sobre a famosa dúvida se o combustível estraga ou não: veja a validade do álcool, da gasolina e do diesel. E até sobre os 5 traços básicos dos carros que consomem menos combustível. Não perca!
1. Extração
Como referido antes, ao parar no posto não imaginamos o caminho que o petróleo percorreu até chegar ao tanque de combustível do nosso carro. Mas, só de lembrarmos que ele vem do fundo do mar, já começa a ficar claro que se trata de uma epopeia, não é mesmo?
De fato, o primeiro passo de todos é o da extração, que ocorre no setor primário da economia, por parte dos petroleiros. Essas reservas se encontram em alto mar e são consideradas as fontes do petróleo brasileiro. Ao ser extraído ele é chamado de óleo cru ou apenas “petróleo bruto”.
O material é extraído de rochas estratificadas ou sedimentares. Elas se encontram numa profundidade média de incríveis 5 mil metros abaixo do solo marítimo. Anualmente o Brasil produz mais de 800 milhões de barris de petróleo. Rio de Janeiro e Espírito Santo encabeçam o setor no território nacional.
2. Refinaria
Como vimos acima, o petróleo é extraído de poços submarinos. No caso, as sondas de alta tecnologia que operam o processo podem realizar dois tipos de procedimento. Em um caso, o petróleo será transferido para navios a fim de ser levado até a próxima etapa da cadeia produtiva.
No segundo caso, ele será transportado diretamente das plataformas de extração, por oleodutos. Nos dois casos, o próximo passo são as refinarias. É nelas que o petróleo passará da condição de matéria-prima para um derivado, por meio dos processos detalhados abaixo.
3. Destilação
Aqui temos uma etapa importante, que submete o petróleo a altas temperaturas em grandes caldeiras e torres de destilação. Normalmente, elas ficam na casa dos 400 °C. Para se ter noção, um fogão residencial não costuma chegar nem a 200 °C.
O processo de superaquecimento permite que haja uma reação de evaporação do petróleo aquecido. Depois, o subproduto da evaporação é coletado e destinado para as próximas etapas da cadeia. São as que vemos abaixo, de conversão e de tratamento final.
4. Conversão
Aqui ocorre um processo ainda ligado à destilação, no sentido de reaproveitar as partes isoladas na etapa anterior. Então, as partículas mais densas e de valor menor são fragmentadas. O que equivale, por assim dizer, a uma nova extração.
Ou seja, o processo corresponde à geração de mais matéria-prima aproveitável. Isso é importante por várias razões, desde econômicas até ecológicas. Afinal, o esforço é o de reduzir o desperdício e o impacto negativo da cadeia produtiva dos combustíveis fósseis.
5. Tratamento
Por fim, vem o tratamento ou purificação, como etapa final antes do transporte do combustível para os postos. Aqui temos o que popularmente é conhecido como refinaria, no sentido literal de “refinar” o produto.
Tudo isso ocorre em conformidade com as exigências de mercado e também de órgãos reguladores. Tal como a própria ANP, que é a Agência Nacional do Petróleo. No Brasil existe a fiscalização de combustíveis, que permite que qualquer posto seja autuado a qualquer momento.
Esse tratamento começa pela extração de enxofre, e se conclui com a adição de etanol. Os dois processos têm por finalidade preservar a mecânica dos carros e, claro, o meio ambiente. Por fim, se a gasolina for aditivada, ainda ocorre acréscimo de dispersantes e detergentes.