Cada vez mais veículos têm caixas de transmissão automáticas e, ainda assim, muita gente não sabe como exatamente o sistema funciona. Por isso, achamos interessante falar sobre o conversor de torque do carro. Veja como funciona esse dispositivo e fique por dentro de uma parte incrível do automóvel.
De modo aproximado, por aqui já falamos sobre torque e potência: você sabe o que exatamente cada um deles faz? Sobre o sistema de transmissão do carro: as 5 peças essenciais que colocam ele em funcionamento. E, enfim, sobre o papel do trambulador do câmbio, para você não danificá-lo sem saber.
Conversor de torque do carro: funcionamento
O conversor de torque age por meio de uma tecnologia hidrodinâmica. Por isso que alguns o definem como sendo, no fundo, uma “transmissão hidráulica”. Sua função principal é garantir a transmissão da energia de rotação do motor para a caixa de marchas.
A partir disso, o conversor de torque realiza duas operações indispensáveis. A primeira delas ocorre quando o veículo está parado, ou quando as marchas estão em descanso. Assim, o conversor interrompe a transmissão de potência ou força entre o propulsor e o sistema de velocidades ou marchas.
Basicamente, é algo semelhante à função da embreagem de discos em seu estado desacoplado, se formos descrever de modo simplificado. A segunda operação essencial é a de multiplicação, operada pelo binário, como algo que é realizado para poder viabilizar o arranque do carro, de maneira fundamental.
Dito de outro modo, o conversor de torque ajuda a impulsionar o motor quando ele ainda está em baixas rotações. A localização do conversor, por fim, se dá sempre entre o próprio propulsor e a caixa de câmbio. Ele conta com sua carcaça, com a bomba centrífuga, a roda de turbina e o seu mancal.
Conversor de torque do carro: suas fases
Como vimos antes, o conversor de torque tem uma missão quando o veículo está em repouso, e outra com ele em movimento. A primeira fase se chama, justamente, a etapa de aceleração do veículo. Aqui, o maior desafio é gerar um torque alto para deslocar o automóvel.
Para isso, a bomba do conversor gira com velocidade rotativa igual à do motor. Já a turbina fica atrás nesse processo, com uma rotação que começa aos poucos e vai crescendo de modo bem mais gradual, sem saltos.
Também de modo crescente, a roda de turbina começa a receber um aumento gradual desse torque gerado. Depois, o estator entra em ação e começa a ocorrer, basicamente, a multiplicação de torque. A segunda fase referida acima, é a da etapa de acoplamento.
Aqui, com o veículo já em movimento e em perfeito impulso, começa a cair a necessidade do binário. Como ele multiplica a força, deixa lugar para outras ações primordiais. É o caso do acoplamento das correias dentadas, e daí em diante.