Tem vários termos ou jargões do universo automobilístico que a gente até se acostuma de tanto ouvir. É o caso de quando falamos que determinado carro é 1.0 ou 2.0. Mas afinal, você sabe a que exatamente isso remete?
Acertou quem disse que tem a ver com o motor. Mas mesmo entre essas pessoas, poucas dominam o real sentido dessa numeração em relação às cilindradas. Pensando nisso, escrevemos este artigo, que vai elucidar a questão com exemplos práticos.
Sobre motores e cilindradas
Todo carro movido a combustão tem um motor que depende de alguns fatores para funcionar. Um dos principais ocorre na câmara de combustão, onde o combustível somado às faíscas e ao ar faz o seu papel.
Isto é, movimenta os pistões que dão força motriz ao carro. Dito de outro modo, o combustível é transformado em energia mecânica, que é o que movimenta as rodas do automóvel.
Justamente, o que vai diferenciar os motores a combustão é, entre outros fatores, o das cilindradas. Elas representam, grosso modo, a quantidade de combustível e de ar que o pistão aguenta movimentar.
Logo, quanto maior a capacidade, maior a cilindrada e maior a potência do motor. Naturalmente, o valor investido pelo dono também crescerá em proporção a tudo isso.
Motores 2.0, 1.8, 1.6, 1.4 e 1.0
Do que dizemos acima, já deu para entender que não existe certo ou errado aqui. Tudo depende da demanda que cada um precisa ou quer atender com seu veículo.
Além do preço do carro na hora de comprar, também é preciso considerar o custo na hora de abastecer. Bem como as manutenções, cujos gastos também costumam ser proporcionais às cilindradas do motor escolhido.
Motor 2.0
Esse é o motor indicado para quem curte dirigir com alta performance e desempenho. A potência dele é a melhor entre os carros esportivos mais comuns.
Mesmo em ladeiras você consegue até ultrapassar alguém. O problema, naturalmente, é que também são os que mais bebem. Alguns exemplos incluem o Toyota Corolla, os Audi A3 Sedan de topo e o Land Rover Evoque.
Motor 1.8
Aqui temos algumas cilindradas a menos, mas a diferença ainda não chega a ser destaque em termos de consumo. Isso é o de menos, o que temos ainda é potência diferenciada.
O ideal é para quem curte viagens de média distância, ou mesmo mais longas. Se for só para ficar em perímetros urbanos, esses modelos ainda não fazem tanto sentido.
Costumam ser carros de porte médio ou, ainda, esportivos. Por exemplo, a Chevrolet Spin 1.8, o Honda HR-V antigo e o Fiat Cronos de topo, entre vários outros.
Motor 1.6
Aqui você ainda encontra bastante agilidade em ultrapassagens. Bem como força nas ladeiras, sem ficar na mão dentro da cidade ou fora dela.
Vale notar que o arranque de um motor de 1.600 cm³ ainda é notável. Além de que você vai trocar menos de marcha, com certeza.
Inclusive, nesse recorte já temos modelos mais acessíveis em termos financeiros. Como o Peugeot 208, o Volkswagen Voyage e até o Renault Sandero Stepway.
Motor 1.4
Aqui já estamos abaixo da metade da diferença entre o 2.0 e o 1.0, que são os extremos. Naturalmente, já podemos falar em economia, ainda com um desempenho bacana.
Você consegue, por exemplo, um bom uso do ar condicionado sem grandes impactos no combustível do motor. Além de não podermos dizer o mesmo do 1.0 de aspiração natural. O torque dos 1.4 é maior, o que demanda menos força do propulsor.
A gente cruza com essa opção nas ruas ao ver o Chevrolet Cruze LT, o Cruze Sport6 RS e o Volkswagen T-Cross 250 TSI, por exemplo.
Sem falar nos mais utilitários, muito comuns em empresas. Como a Fiat Strada, que é a picapes compacta mais vendida do Brasil. E o Peugeot Partner Rapid Business, furgão “gêmeo” do Fiat Fiorino, ambos 1.4.
Motor 1.0
Aqui o foco é, quase sempre, a economia financeira. Seja na hora de comprar, de abastecer ou de revisar o automóvel, que é mais indicado para perímetros urbanos comuns.
Sim, é o famoso feijão com arroz, embora nos últimos anos eles tenham se tornado cada vez mais interessantes. Quem deu o pontapé inicial nesse sentido foi a Volkswagen, com os tricilíndricos 1.0 turbo.
Seja como for, na gama 1.0 como um todo, os mais famosos do portfólio são o Volkswagen Up!, o Chevrolet Onix e o Renault Kwid. Mas também poderíamos falar do Fiat Mobi Drive e o Fiat Argo Drive, entre tantos outros.