Os mais jovens não vão nem se lembrar do tempo em que havia somente três opções nas bombas dos postos: a gasolina comum, a aditivada e o álcool (etanol). Hoje os tipos de combustíveis não param de se multiplicar.
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De fato, há várias razões para isso, seja a competitividade natural do mercado, a demanda por preços cada vez menores ou mesmo a necessidade de encontrar alternativas menos poluentes.
Tanto que as dúvidas sobre esse assunto só crescem, tais como: Qual é o combustível mais eficiente? Ou ainda, há quem questione: Qual combustível é economicamente viável?
Por isso mesmo é que decidimos elaborar este artigo tratando exclusivamente do assunto, para mostrar os tipos principais de combustíveis e, claro, qual o melhor deles. Confira!
O que é o combustível veicular?
Às vezes usamos o termo “automóvel” como sinônimo de carros, motos, caminhões e afins. Mas no Brasil essa classificação está errada, embora etimologicamente ela faça sentido (misto do grego com latim, automóvel quer dizer algo “móvel”).
O termo genérico aqui seria “veículo”. Neste sentido, podemos falar sobre combustíveis veiculares, e eles servem para a quase totalidade dos veículos listados pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), tais como:
- Carros;
- Caminhões;
- Caminhonetes;
- Camionetas;
- Microônibus;
- Ônibus;
- Motonetas;
- Motocicletas;
- Triciclos;
- Quadriciclos;
- Tratores.
Enfim, essa lista já basta para mostrar como os combustíveis são algo importante nos dias de hoje. Lembrando, novamente, o impacto que eles têm nos motores, na economia de recursos e no meio ambiente, a depender do funcionamento de cada um.
Os tipos de gasolina
Há três tipos de gasolina: a comum, a aditivada e a premium. O que muda em cada uma delas é a adição de etanol e o grau de octanagem. Já a matéria-prima de todas é a mesma: o petróleo, que tem se tornado um inimigo do meio ambiente.
Todas elas recebem, por lei, de 25% a 27% de etanol, de tipo anidro, à base de cana-de-açúcar. Sendo que a comum e a aditivada costumam ficar em 27%, e a premium em 25%.
Já a octanagem fica no mínimo de 87, tanto na comum quanto na aditivada. Ao passo que a premium fica entre 91 e 95. Ao contrário do que pensam alguns, a opção aditivada não altera a potência do carro, apenas ajuda na limpeza do motor e dos bicos injetores.
Já a premium, por ter a octanagem maior, tem uma queima melhor na câmara de combustão, o que impacta diretamente na potência do veículo.
As diferenças do etanol
Em 1970 o Brasil passou pelo famoso Programa Nacional do Álcool, popularizando o etanol, que até hoje muitos chamam de “álcool combustível”.
A primeira grande mudança é que ele entra na classificação de renováveis, diferentemente da gasolina. E também diferente do diesel, que ainda veremos adiante.
Como sua octanagem é maior, ele dá mais potência, embora isso cause um consumo maior. Por isso é comum dizer que com gasolina se faz um trajeto muito maior do que seria possível fazer com o álcool.
As adições aqui podem variar, segundo o tipo, que costuma ser chamado de hidratado no caso do etanol comum, e anidro no caso do diferenciado.
O que muda mesmo é a quantidade de água em ambos. O hidratado conta com cerca de 4% de água, ao passo que o anidro não chega a 1% de água. Em qualquer caso, é por isso mesmo que o etanol polui menos do que gasolina.
Entendendo o diesel
O diesel acaba tendo mais opções do que a gasolina e o etanol, chegando a pelo menos quatro tipos consagrados no Brasil e no mundo.
Lembrando que ele se volta sobretudo para motores com um torque e uma potência bem maiores. Ou seja, para veículos como ônibus, caminhões e até máquinas pesadas da agricultura.
Os quatro tipos principais são:
- Comum: tem um alto rendimento e preço bem competitivo;
- S-10: versão mais moderna, menos poluentes (alguns motores dessa classe já aceitam apenas esse tipo);
- Aditivado: pode ser o comum ou o S-10, contando com ingredientes para limpeza das peças, como no caso da gasolina aditivada;
- Premium: contém mais catano e mais hidrocarboneto, melhorando também na emissão de gases e até no desempenho do veículo.
O ponto fraco dele é que isso também gera uma queima altamente poluente, maior até do que a da própria gasolina. Sua matéria-prima também é o petróleo, além de uma carga de 12 a 22 átomos de carbono.
O gás natural veicular (GNV)
Não dá para falar de combustíveis sem mencionar o Gás Natural Veicular (GNV), que se disseminou incrivelmente nos últimos anos.
Além de ser até 50% mais barato do que a gasolina, ele polui bem menos. A única desvantagem é que o cilindro ocupa espaço e exige cuidados especiais.
Por isso, os veículos que já saem de fábrica com a opção do GNV são mais seguros e mais econômicos. Então, se você for fazer a alteração depois, precisará redobrar a atenção.
Bônus: a eletrificação
Que tal falar do futuro que já chegou? No Brasil há modelos de carros 100% elétricos, como a BMW i3. E também modelos híbridos, como o Fusion (Ford) e o Prius (Toyota).
Além de emitir 0% de poluentes, esse combustível é mais barato do que qualquer outro. O problema, por enquanto, são os modos de recarregar, que demoram muito.
Mas já se fala na popularização de postos de recarga de tipo super-rápido, que com o tempo deverão substituir os postos de gasolina integralmente.
Considerações finais
Com esse mini tour ficou bem claro que o universo dos combustíveis é bastante amplo, além de ser encantador.
Na prática, qual é o combustível mais eficiente? Ficou claro que só você pode responder isso. Em termos técnicos, a gasolina continua invicta, sobretudo a premium, que tem octanagem superior e garante desempenho incrível.
Já para economizar dinheiro, até pouco tempo todos pensariam no álcool ou no GNV. Agora, se você quer pensar no meio ambiente, na economia e na tecnologia, é preciso optar pelos carros elétricos, sem dúvida, nem que seja um híbrido.
Que tal você dividir com a gente, no campo de comentários abaixo, quais os combustíveis com que você já teve experiência direta? Com certeza vai agregar muito, e também vai ajudar alguns leitores a formarem uma opinião a respeito.