É comum ouvir falar na polêmica do preço da gasolina em nosso país. Durante o ano corrente, as opiniões se dividiram mais ainda. Por isso, achamos bacana esclarecer: afinal, a gasolina do Brasil chegou a ser a mais cara do mundo em 2022? Confira!
Ainda sobre gasolina, além de artigos noticiosos nós também já falamos a respeito de 5 mitos e verdades sobre como economizar na hora de abastecer. E sobre o Golpe do Pix em postos de gasolina? E até sobre os tipos de gasolina e o futuro desse combustível.
Gasolina no Brasil: preço médio e comparações
Até quem não tem carro deve saber que o ano de 2022 foi um dos piores em termos de inflação do preço da gasolina. Dados oficiais do próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registraram inflação de até 5,4%.
Sendo que ao chegar na bomba a situação sempre piora. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço final teve inflação de quase 10%. Neste cenário, é comum ouvir todo tipo de debate a respeito.
Alguns dizendo que temos a gasolina mais cara do planeta, até se comparada com países de primeiro mundo. Outros dizendo que, na verdade, em meio à pandemia conseguimos manter uma das mais baratas do mundo. Afinal, qual lado está certo?
Na verdade, nenhum dos dois. Curiosamente, na média do ano o Brasil cravou o 127º lugar das mais caras, numa lista de 168 países. Ou seja, de baixo para cima, seríamos o 41º país, em termos de gasolina “mais barata”. Portanto, nem muito para lá, nem muito para cá.
Dito de outro modo, pela média anual, é como se houvesse 126 nações com uma gasolina mais cara do que a nossa. E, ao mesmo tempo, pelo menos 40 países com um valor mais barato na bomba. Os dados são da Global Petrol Prices, famoso site estadunidense.
Também é curioso observar que os países mais ricos não têm, necessariamente, uma gasolina mais barata, como pensam alguns. Por exemplo, em temporadas em que nos EUA o litro saía a R$ 6,50, aqui marcávamos R$ 5,74.
Na mesma época, a China praticava impressionantes R$ 15,59 por litro. Depois, na lista dos mais caros, vinham países de primeiro mundo como Islândia, Barbados e Noruega. Já em relação à América do Sul como um todo, nós somos careiros.
Sim, pois a Argentina marcou R$ 5,23 no mesmo período, e a Bolívia R$2,90. De qualquer modo, vale lembrar que a comparação absoluta é imprecisa. Mesmo convertendo todos os valores em reais (valor nominal), isso não considera o poder de compra de cada nação.