O Governo Federal estuda ampliar o programa de renovação de frota já vigente para caminhões e ônibus com mais de 30 anos de fabricação também para automóveis. O Programa Renovar é custeado por petroleiras instaladas no Brasil e indeniza proprietários que entreguem seus antigos veículos para que sejam retirados de circulação. Atualmente, a idade média da frota nacional é de 10,5 anos, a maior registrada nos últimos 26 anos.
De acordo com o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, a extensão para veículos de passeio não envolveria custos para o Governo Federal, como como o programa atual já não envolve. Os fundos vêm de um acordo que destina entre 0,5% e 1% da receita bruta dos campos de produção de petróleo concedidos pela União.
O montante é mais do que suficiente para pagar pelo programa e ainda destinar fundos para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias no setor automotivo.
Se colocado em prática, o programa de incentivo à renovação da frota pode não só tornar as ruas mais seguras, tirando de circulação milhares de carros antigos, mau conservados, potenciais riscos à segurança viária, mas também incentivando a economia.
Estímulo à economia
Além disso, pode facilitar a compra de carros novos, o que pode aliviar um dos problemas das montadoras brasileiras. Além da falta de componentes, agora as fabricantes encaram a queda nas vendas, causada pela alta de preços e a queda no poder de compra da população.
A ampliação do Programa Renovar ainda está em estágio inicial de estudos, mas, caso aprovada, poderá ter implantação rápida. Segundo o Ministro Haddad, os recursos estão disponíveis pela iniciativa privada, que financia as indenizações.
Vários países europeus possuem programas semelhantes, e além de indenizar proprietários, desestimula a manutenção de carros antigos nas ruas com impostos mais altos para modelos que poluem mais, algo típico de carros mais antigos, com menos tecnologia, por exemplo.