O Renault Sandero chegou ao Brasil em 2007, e sua segunda geração sete anos depois, em 2014, modelo que continua sendo vendido até hoje. O segundo Sandero manteve as boas características do primeiro, como bom espaço interno, confiabilidade mecânica e simplicidade geral.
Os motores continuaram 1.0 ou 1.6, sendo o mais forte podendo ser acoplado a um automatizado de embreagem simples no início (nas versões Easy-R) e mais recentemente a um automático CVT. Nos dois casos, o 1.6 passava a ser 16v.
Segurança
Os Sandero mais recentes tem air bags frontais e laterais, mas a maior parte tem apenas os dois dianteiros. No caso dos mais simples, o Latin NCAP deu apenas uma estrela para proteção de adultos, com maior problema apontado na instabilidade do habitáculo. Numa colisão, os joelhos do motorista e do passageiro podem se chocar contra o painel.
Nos modelos com quatro air bags, a proteção para a região peitoral de motorista e passageiros é melhor, subindo a nota para três estrelas. Esses modelos também ganharam ESP de série.
Acessórios/equipamentos
Como hatch de entrada, o Sandero não é dos mais equipados. As versões 1.0 não trazem mais do que o básico. Há ar-condicionado, vidros e travas elétricas e direção assistida. No máximo uma central multimídia e rodas de liga-leve.
Nas versões com motor 1.6 o cenário não muda muito. O hatch pode até ganhar espelhos com ajustes elétricos e talvez câmera de ré, que chegou a ser oferecida em alguns ano/modelo. Não espere mimos como espelho eletrocrômico ou bancos de couro: o Sandero é mais simples. Isso mesmo na apetitosa versão esportiva R.S.
Espaço interno/porta-malas
Um dos trunfos do Sandero, o espaço interno é muito bom para um modelo de sua categoria. O hatch tem amplo vão para pernas no banco traseiro, teto alto para cabeças no banco de trás e painel recuado para os que vão na frente.
O porta-malas leva bons 320 litros, melhor que rivais como VW Polo e Fiat Argo.
Desempenho
O 1.0 16v das versões mais antigas tem bons 80 cv com etanol e desempenho honesto para um carro do tamanho do Sandero. Carregado sofre, mas é econômico e fácil de manter. O 1.6 8v de 106 cv roda com mais folga, embora vibre bastante e não goste muito de rotações altas. Mas entrega muita robustez e facilidade de manutenção.
Já os 1.6 16v têm comportamento melhor em altas rotações, sendo mais gostosos de levar na estrada. Eles chegam a 118 cv e têm desempenho sensivelmente melhor. O câmbio manual tem sempre cinco marchas. Em 2020 o 1.0 passou a ser de três cilindros com 82 cv, bem melhor que o antigo quatro cilindros.
Custos de manutenção
Para as versões do Sandero com motor 1.0, as 6 primeiras revisões custarão R$ 3.848,45. Com motor 1.6, o pacote sobe para R$ 4.112,46.
Custo/benefício
Para quem procura um hatch espaçoso, econômico e barato para o dia a dia, o Sandero é uma das melhores pedidas. O modelo é garantia de pouca dor de cabeça e manutenção barata, além de muito espaço para uma família pequena. O desempenho, nem o acabamento, são dos melhores, mas o modelo compensa com diversas outras qualidades.
Prós
- Espaço interno
- Praticidade
- Porta-malas
- Revisões baratas
- Central multimídia simples
Contras
- Acabamento interno
- Lista de equipamentos enxuta
- Segurança ativa e passiva
- Visual antigo
- Desempenho