A Honda apresentou o novo City no Brasil. A quinta geração do modelo tem opção de carroceria hatchback e sedan. O New City e o New City Hatchback evoluíram em diversos aspectos: dimensões (percepção de porte), espaço (para pessoas e bagagem), qualidade (de materiais e montagem), eficiência de consumo e desempenho (nova motorização), segurança (itens de segmentos superiores) e lista de equipamentos.
Equipados com um motor completamente novo e uma versão otimizada do já consagrado câmbio CVT, os modelos focam na eficiência, com bom desempenho, e baixo nível de consumo de combustível.
Além disso, eles serão os primeiros modelos da marca produzidos no Brasil a embarcarem o Honda SENSING, completo pacote de equipamentos de segurança e assistência à condução.
Design
A presença do New City se dá pela carroceria longa, larga e baixa, tanto no sedã como no hatchback. O design é valorizado pelos vincos definidos e pelos faróis e lanternas, nos quais o uso de LED e o layout de aspecto high-tech resultam em integração à carroceria.
Em ambos os modelos, na versão Touring, os faróis são full LED, com luzes indicadoras de direção, fachos baixo e alto, DRL e faróis de neblina em LED. As demais versões contam com DRL de LED e bloco óptico principal com projetor. As lanternas são as mesmas em todas as versões, com LED nas luzes de posição e de freio.
As rodas são de liga leve, com aro de 16 polegadas, em todas as versões. Elas mesclam acabamento frontal diamantado e pintura na cor preta.
Os retrovisores que antes eram fixados próximos à base da coluna A, agora estão mais recuados e fixados na porta, o que resulta em grande melhora no campo de visão.
Não importa a carroceria, o porte é um dos grandes destaques dessa nova família que acaba de nascer. Na comparação com o atual City, o New City sedã é 53 milímetros mais largo e 94 mm mais comprido. Para valorizar ainda mais o conceito low & wide (baixo e largo), ele tem altura total 8 milímetros menor. Com seus 4.549 milímetros, o New City sedã é o maior do segmento em comprimento. Com o New City Hatchback, não é diferente: ele apresenta a maior relação entre comprimento e largura dentre todos os hatchbacks compactos premium.
Os bancos dianteiros têm encosto mais fino e correm em trilhos mais espaçados entre si: tudo para ampliar a oferta de espaço na região dos joelhos e dos pés de quem viaja atrás.
No sedã, o porta-malas com volume de 519 litros coloca o New City acima da média do segmento, superando até alguns representantes dos sedãs médios.
Já o New City Hatchback apresenta uma versatilidade e um espaço interno elogiáveis. Ele traz o consagrado Magic Seat, exclusivo sistema de modularidade interna da Honda, com quatro modos de utilização (Utility, Long, Tall e Refresh), que permite acomodar objetos de diferentes dimensões. No modo Utility, por exemplo, o espaço chega a 1.168 litros de volume, superando os 1.045 litros disponíveis no Fit na mesma condição, que já era considerado um ícone de volumetria de cabine.
Versões e equipamentos
- Honda City Sedan
Versão | Principais Equipamentos |
EX 1.5 CVT – R$108.300. | Chave presencial com destravamento das portas e partida por botão, ar-condicionado digital, central multimídia de 8”, câmera de ré, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, 6 airbags, faróis de neblina, rodas de liga-leve R16, volante multifuncional, faróis com projetor, lanternas traseiras em LED e sensor de pressão dos pneus. |
EXL 1.5 CVT – R$114.700. | Acrescenta sensores de estacionamento traseiros, bancos em couro, painel de instrumentos com tela digital de 7”, chave presencial com travamento das portas, câmera de monitoramento do ponto cego e ar-condicionado digital e automático. |
Touring 1.5 CVT – R$123.100. | Adiciona sensores de estacionamento dianteiros, retrovisor interno eletrocrômico, faróis full LED, piloto automático adaptativo, faróis de neblina em LED, frenagem automática de emergência, sistema de permanência em faixa e farol alto automático. |
- Honda City Hatchback
EXL 1.5 CVT | Acrescenta sensores de estacionamento traseiros, bancos em couro, painel de instrumentos com tela digital de 7”, chave presencial com travamento das portas, e ar-condicionado digital e automático. |
Touring 1.5 CVT | Adiciona sensores de estacionamento dianteiros, retrovisor interno eletrocrômico, faróis full LED, piloto automático adaptativo, câmera de monitoramento do ponto cego, faróis de neblina em LED, frenagem automática de emergência, sistema de permanência em faixa e farol alto automático. |
A versão hatch está disponível somente nas configurações EXL e Touring, e também englobam o sistema Magic Seat. O pacote de equipamentos é basicamente o mesmo, mas a câmera de monitoramento de ponto cego está disponível apenas na versão de topo Touring. Como o City Hatch será lançado apenas em março de 2022, seus valores ainda não foram divulgados. Sua pré-venda começa em janeiro.
Novo motor
O New City vem equipado com um motor inédito. Todo em alumínio, o quatro-cilindros aspirado é 1.5 litro 16V DI DOHC i-VTEC, ou seja, com injeção direta de combustível e dois comandos de válvulas no cabeçote – um para as oito válvulas de escape e outro para as oito de admissão.
O sistema i-VTEC, por exemplo, tem um came (ressalto) especial para priorizar a potência em rotações mais elevadas do motor. O formato destes quatro cames – cada um responsável por um cilindro – resulta na variação da amplitude e duração da abertura das válvulas de admissão.
Na prática, é como se fosse um comando dois-em-um: um com cames otimizados para consumo e outro para desempenho. A variação entre os cames que vão atuar efetivamente nas válvulas de admissão ocorre por meio de um sistema hidráulico, gerenciado eletronicamente e que considera não apenas a rotação do motor, mas diversos outros parâmetros, como carga sobre o acelerador e até a inclinação do carro.
O sistema de injeção direta de combustível nas câmaras e combustão amplia ainda mais a superioridade técnica do 1.5 DI DOHC i-VTEC e sua aplicação no New City é uma exclusividade do Brasil – nos demais mercados a injeção de gasolina é feita nos dutos do coletor de admissão.
A adoção do sistema de injeção direta permite maior taxa de compressão e maior otimização da queima da mistura ar/combustível. Isso resulta em muito mais eficiência e potência. A potência máxima é de 126 cavalos a 6.200 rpm, tanto com etanol como com gasolina – com este último combustível, aliás, o New City tem a maior potência do segmento, superando, inclusive, os modelos equipados com motor turbo.
Quando o assunto é consumo de combustível, o New City merece destaque especial.
De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o New City sedã tem consumo na cidade de 9,2/13,1 km/l (etanol/gasolina) e, na estrada, de 10,5/15,2 km/l – respectivamente, o New City Hatchback registrou 9,1/13,3 e 10,5/14,8 km/l.
Com tais números, ambos obtiveram classificação A no PBE, dentro de suas categorias.
O câmbio CVT, de relação continuamente variável, recebeu mudanças. Já consagrado pela confiabilidade, robustez e eficiência, o CVT segue com simulação de sete marchas por meio de paddle shifts no volante. São duas novidades: o Step-shift e o EDDB (Early Down-shift During Braking).
O primeiro atua sob condução esportiva. Com o acelerador pisado a fundo (kick-down), a central de gerenciamento eletrônico do CVT coordena as trocas nos pontos fixos das marchas, acentuando exatamente a sensação da mudança e, consequentemente, de esportividade.
Já o EDDB se apresenta em situações de descida. Ao notar que o motorista está pisando no freio para conter o ganho de velocidade por conta da inclinação, o CVT assume uma relação que resulta em maior aplicação de freio-motor. A ação do EDDB é automática e amplia a segurança sem afetar o consumo.
Segurança
Segurança é um dos pilares da Honda. E essa preocupação é evidente no New City. Ele será o primeiro modelo da marca fabricado no Brasil a contar com o Honda SENSING, pacote de tecnologias de segurança e assistência ao motorista da marca. Baseado nas imagens captadas por uma câmera de visão ampla e de longa distância, instalada no parte central e superior do para-brisa, o Honda SENSING no New City terá cinco funções:
- ACC – Controle de cruzeiro adaptativo – Auxilia o motorista a manter uma distância segura em relação ao veículo detectado à sua frente;
- CMBS – Sistema de frenagem para mitigação de colisão – Aciona o freio ao detectar uma possível colisão frontal, com o objetivo de mitigar acidentes. Ele é capaz de detectar e identificar pedestres e veículos que estejam no mesmo sentido ou no oposto;
- LKAS – Sistema de assistência de permanência em faixa – Detecta as faixas de rodagem e ajusta a direção com o objetivo de auxiliar o motorista a manter o veículo centralizado nas linhas de marcação;
- RDM – Sistema para mitigação de evasão de pista – Detecta a saída da pista e ajusta a direção com o objetivo de evitar acidentes;
- AHB – Ajuste automático de farol – Comutação noturna automática dos fachos baixo e alto dos faróis de acordo com a situação.
Conclusão
O novo Honda City chega maior e mais equipado para ocupar parte do lugar do Civic, que deixou de ser fabricado no Brasil pela Honda. O modelo evoluiu em todos os sentidos, e deve melhorar bastante a sua participação de mercado. Um ponto negativo é que ficou devendo a motorização turbo, o que certamente melhoraria o desempenho do modelo.