A paixão do brasileiro por carros antigos já é conhecida, temos até nossa Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) e uma legislação que regula o setor. Mas existe um nicho bem específico que corre por fora, que é o dos hot rods.
Na verdade, embora obviamente eles sejam um tipo de antigomobilismo, os hot rods não entram na categoria de carro de colecionador, que são os famosos veículos de placa preta. Entenda melhor abaixo!
Os hot rods não têm compromisso em preservar todas as características de fabricação, como mecânica, carroceria, suspensão e aparência. Pelo contrário, a bandeira dos hot rods é justamente a da manipulação veicular, que é o que encanta tanta gente!
História e proposta dos hot rods
Os hot rods são tão antigos, que a historiografia da área acredita que eles tenham começado a surgir por volta de 1930, no sul da Califórnia, Estados Unidos.
Mais especificamente, eles teriam surgido em Los Angeles, em uma região de lagos que costumam ficar secos em determinadas épocas do ano.
Quando isso ocorria, um grupo de pessoas ia para lá correr com seus carros modificados. Essas alterações visavam, portanto, justamente a velocidade e o esporte amador.
Os traços que acabaram se eternizando nessa nova cultura foram os de motores potentes (quase sempre V8) e rodas traseiras largas. Isso explorava o fato de que a tração da época quase sempre era traseira.
As famosas pinturas de fogo
Sem falar, é claro, nas pinturas de tipo pinstriping, que são “tirinhas” decorativas que puxam para o estilo grafitado, perto do que hoje são as famosas tatuagens de rena.
Outro modo de pintura era a aerografia, cuja pistola de tinta imita o formato e a funcionalidade de uma caneta, permitindo uma precisão maior para desenhos. As ilustrações mais famosas são as de chamas (daí o nome “hot” rods) e de caveiras.
Os praticantes da área ficaram conhecidos como hot rodding. O modelo de carro mais comum era, definitivamente, o Ford Model T, depois seguido do Model B e Model A, fabricados entre 1908 e 1927. Eles eram mais baratos e acessíveis.
Ainda em termos históricos, esse costume ganhou um upgrade em Los Angeles após a Segunda Guerra Mundial, graças aos soldados que voltavam da guerra tendo servido como mecânicos. Isso permitia fazer alterações ainda mais estruturais e mais ousadas.
Outras vertentes de hot rods
Após a aceleração ocasionada por soldados que voltavam da guerra, os hot rods se disseminaram pelos EUA e, depois, para todo o mundo. A essa altura, nos idos de 1950, já se ouvia falar na famosa Kustom Kulture.
Esse era o nascimento da cultura da customização, que se expandiu dos carros para as motos (é a época das famosas Harley-Davidson e Triumph Motocicletas modificadas), e daí para as artes e vários outros movimentos culturais.
Depois surgiriam vertentes ainda mais nichadas dentro dos hot rods. Um exemplo são os Volksrods, que trabalham apenas com Fuscas modificados.
Isso também pode ocorrer tanto pela questão financeira mais acessível, quanto pela facilidade de alterar esse modelo de carro.
Outro exemplo ainda, de uma vertente menor, é o dos rat hods. No Brasil eles representam os clássicos modificados em versão mais econômica, preservando apenas a base do carro, sem pintura ou grandes acabamentos.
É muito comum ver uma confusão entre eles e os hot rods, mas quem é da área logo consegue ver a diferença e saber que se trata de uma subcategoria.
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