Todo mundo sabe que Elon Musk parece não se incomodar com polêmicas. Tanto que ele acabou de acrescentar mais uma à sua lista. Agora, a Tesla terá de se defender da acusação de criar um ambiente tóxico de trabalho e gerar prejuízos à companhia.
Na verdade, o processo responsabiliza tanto a marca em si quanto onze membros específicos do conselho. E também, nominalmente, o próprio Musk, CEO da empresa. O autor da ação é Solomon Chau, um acionista da própria Tesla.
O histórico de denúncias
Vale lembrar que um mês atrás um processo movido contra a Tesla em 2021, por assédio sexual, teve uma moção de defesa da marca negada pelo juiz. Ou seja, agora o caso vai a tribunal, tendo sete mulheres contra a gigante automotiva.
Em 2020 foram mais de 30 queixas feitas à agência reguladora da Califórnia, local de uma das fábricas. Em 2017, mais de cem colaboradores se juntaram pelo mesmo motivo. As acusações incluíam, por exemplo, até mesmo casos de racismo e de homofobia.
A ação iniciada recentemente por Solomon Chau resgata justamente esses casos. Segundo ele, a montadora simplesmente violou seu dever fiduciário ao permitir ou gerar uma cultura corporativa de discriminação e assédio. Assim comprometendo a estabilidade da corporação.
Quais as acusações de Solomon Chau?
Conforme a Reuters, Chau acredita que esse ambiente tóxico de trabalho tem existido há anos, embora só recentemente os casos tenham vindo a público. O ponto central, no caso do processo em questão, é que isso estaria causando danos empresariais.
Como acionista, Chau reclama de perdas financeiras, como os custos de defesa de casos e o pagamento de multas. Além de prejuízos irreparáveis à própria reputação da marca, o que no médio e longo prazo poderia acarretar ainda mais perdas de ordem financeira.
O autor do processo e acionista da gigante automotiva também assegura que esse cenário faz com que a Tesla perca funcionários de alta qualidade, que repudiam esse tipo de cultura empresarial.
De modo ainda mais claro, Chau diz que o próprio Elon Musk ou foi imprudente em permitir tais situações, ou no mínimo foi “grosseiramente negligente”.