A Mercedes-Benz levou cinco anos, mas finalmente revelou a versão final do conceito Mercedes-AMG Project One, de 2017. O agora finalizado Mercedes-AMG One traz a inédita colaboração direta de um time de Formula 1 num carro de produção.
Isso porque o One usa um V6 de apenas 1,6 litro montado em posição central, vindo diretamente do carro de corrida da Mercedes. O propulsor tem um turbo elétrico, quatro comandos de válvulas e limite de giro em 11 mil rpm.
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Ele sozinho entrega 566 cv e junto com os outros quatro motores elétricos, forma parte do conjunto que rende nada menos que 1.063 cv combinados.
Um motor elétrico de 163 cv vai na saída da transmissão, outro de 122 cv junto ao turbo, e outros dois com 322 cv somados no eixo dianteiro. A força que vai para o eixo traseiro é gerenciada por um câmbio automatizado de sete marchas desenvolvido para o AMG One.
O sistema de tração integral 4Matic+ e o sistema de vetorização do torque no eixo dianteiro garantem a melhor tração possível em qualquer situação. Os motores elétricos dianteiros conseguem ainda recuperar 80% da energia cinética durante desacelerações.
O modelo pode ser facilmente visto como um sucessor espiritual do mítico CLK GTR dos anos 2000, que correu na categoria GT1 da 24h de LeMans.
Humor ajustável
São seis modos de condução para o AMG One. Race Safe, Race, EV, Race Plus, Strat 2 e Individual. O primeiro é para condução normal, priorizando o uso dos motores elétricos. O segundo usa mais o V6, enquanto o EV o desliga o propulsor a combustão por completo.
Os dois seguintes deixam o hipercarro em suas configurações mais agressivas, enquanto o último permite o condutor ajustar os mínimos detalhes.
A função Race Start permite que o One vá de 0 a 200 km/h em apenas 7 segundos. A Mercedes não revela quanto tempo o modelo vai de 0 a 100 km/h. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 352 km/h.
Conforto?
A suspensão também pode ser ajustada em três níveis pelo condutor, que também pode elevar o eixo dianteiro para transpor obstáculos como um quebra-molas. O One também pode se rebaixar para melhor aerodinâmica, dependendo do modo selecionado.
Por dentro, apenas o necessário, com dois bancos concha de fibra de carbono e apenas dois ajustes para o encosto. Há duas telas de 10″, uma para os mostradores, à frente do motorista, e outra em posição central. Esta mostra informações do sistema de entretenimento. Outra pequena tela projeta imagens do retrovisor digital, já que não há vidro traseiro.
A cabine é quase toda composta de partes de fibra de carbono exposta e couro Nappa. Pequenas partes são cobertas com microfibra e metal.
Desafio gigantesco
O CEO da Mercedes-Benz, Ola Kallenius, disse que o quadro de diretores “devia estar bêbado” quando aprovou o desenvolvimento e construção do AMG One.
Segundo a marca, um dos maiores desafios do projeto foi conseguir viabilizar um trem-de-força das pistas para uso nas ruas.
Um motor que nas corridas deve precisar durar apenas um pequeno número de usos, passa a ter que rodar por centenas de milhares de quilômetros sem apresentar problemas.
A marca vai produzir apenas 275 unidades do One, e cada um já foi vendido por 2,72 milhões de libras cada (R$ 16,4 milhões em conversão direta).