No início deste mês, a revista Car and Driver divulgou informações de fontes internas sobre a possibilidade da Mercedes-AMG reintroduzir o motor V8 nos modelos C63 e E63 AMG. Entretanto, essa especulação foi negada por um engenheiro da preparadora em declaração à Auto Motor und Sport, chamando-a de mera conjectura. Agora, o CEO da AMG trouxe clareza ao assunto.
Durante a Monterey Car Week, Michael Schiebe, líder da AMG, rejeitou enfaticamente os rumores sobre o retorno do V8 nos modelos C63 e E63. Schiebe explicou que a opção por motores menores e eletrificados foi motivada pela crescente presença de esportivos híbridos no mercado.
Isso significa que o C63 continuará com seu sistema híbrido plug-in, utilizando o motor 2.0 de quatro cilindros. Enquanto isso, o E63 adotará um motor 3.0 de seis cilindros, também com tecnologia PHEV. As versões Final Edition da geração anterior marcaram o fim da era dos motores V8 na Mercedes-AMG.
Apesar da decisão da AMG, outras montadoras adotam abordagens distintas. A BMW mantém seu motor de seis cilindros em linha para o M3 e o próximo M5, previsto para 2024, será um híbrido plug-in com motor V8.
A Audi Sport, por sua vez, reitera que não lançará modelos RS com motores de quatro cilindros, mantendo o V6 para o próximo RS4 e o V8 para o RS6, inclusive com uma versão mais potente planejada para 2024.
No entanto, o futuro do motor V8 enfrenta desafios devido às regulamentações rigorosas de emissões na Europa e aos planos da União Europeia de limitar a venda de carros a combustão a partir de 2035, a menos que alternativas como combustíveis sintéticos ganhem tração.