Falar em carros com propulsor de 16 ou de 8 válvulas é algo que envolve diversos fatores, mesmo hoje em dia. Por isso é interessante falar sobre motor 16V: a disseminação dessa tecnologia e o preconceito de alguns proprietários e usuários. Confira!
De modo semelhante, também já falamos sobre motor flex: origem e atualidade dessa tecnologia que conquistou o Brasil. Sobre motor dianteiro, central e traseiro, no que diz respeito às diferenças entre eles. E até sobre motor aspirado vs. turbinado.
Motor 16V: sua origem e disseminação
Somente após a abertura às importações, já nos idos de 1990, o motor 16V chegou ao Brasil. Também chamado motor multiválvulas, o primeiro carro que tivemos foi o Fiat Tempra, de 1993. Logo a tecnologia se tornaria sinônimo de sofisticação e esportividade.
Na prática, porém, a tecnologia se disseminou, chegando mesmo ao ponto da massificação. E hoje está presente em quase todo carro novo. Mas a associação aos “carrões” ainda gera dúvidas sobre custos de manutenção e até sobre durabilidade.
Mas os especialistas garantem que se trata de um preconceito puro e simples. Para atestar isso, precisamos entender melhor o funcionamento da tecnologia. Basicamente, esse tipo de motor multiválvulas tem 4 válvulas para cada cilindro do carro.
Com isso, o propulsor atinge mais performance energética, ou seja, mais rendimento. Isso porque a câmara de combustão do veículo trabalha melhor seu espaço, permitindo uma troca de ar mais acelerada. Até aí, nada justifica o preconceito, certo?
Motor 16V: funcionamento e vantagens
A pergunta que fica é: a quantidade de válvulas se traduz em despesas a mais, ou mais caras no motor do carro? A resposta é que, seguramente, isso não ocorre. A própria durabilidade do conjunto também não tem relação com esse número.
Mas isso não quer dizer que não haja origem para o preconceito contra os motores de 16V. Um dos motivos é a questão da correia dentada, que nesses casos era mais difícil de trocar, devido ao cabeçote maior e mais pesado. E cuja negligência pode prejudicar o motor como um todo.
Mas até isso foi corrigido de lá para cá, com correias que duram mais. Outro ponto é o custo da retífica de motores, que nos de 16V também era dobrado na época. Isso comparado com um motor de 8V. Também por conta da proporção do cabeçote, que dificultava o trabalho.
Mas esses pontos também remetem a algo que já não se verifica mais. Uma vez que o universo automotivo e das oficinas mecânicas avançou bastante. Inclusive, carros conhecidos por ter mecânica simples e barata, como Toyota Corolla e o Honda Fit, já são de 16V.