Enquanto os motores a combustão não dão espaço total à eletrificação, ainda é muito comum ver essa dúvida. Afinal, se temos motor aspirado x turbinado, quais são as diferenças mais importantes? Abaixo você entende isso em detalhes. Confira!
Já falamos bastante de motores por aqui. Sobre motor turbinado: vantagens e como ele funciona. Também sobre motor flex: origem e atualidade dessa tecnologia que conquistou o Brasil. E até a respeito de motor retificado: afinal, isso compromete a qualidade do carro?
Motores aspirados: como funcionam
Também chamados atmosféricos, os motores de aspiração natural são bem característicos em termos de potências e formatos. Sua aplicação é mais voltada para carros convencionais, se comparamos com motores turbinados.
No caso, o motor aspirado não conta com fatores externos no tocante ao aumento de taxa dinâmica. Isso impacta diretamente no seu ciclo de queima de ar-combustível. O que também depende da compressão, dos pistões e da câmara de combustão.
Basicamente, a potência do motor aspirado depende do aumento da cilindrada. O que por sua vez depende da subida do fluxo na relação ar-combustível operando nas câmaras. Por fim, tem também o papel do escape e da ingestão de combustível.
Na prática, o aumento do sistema de escape diminui a restrição dos gases (relação de ar). Ao passo que a ingestão de combustível depende do tempo de abertura no próprio comando de válvulas. Isso fecha o essencial do motor aspirado.
Sua potência é, relativamente ou proporcionalmente, menor que a do motor turbinado. O motor aspirado depende do aproveitamento do ar a partir do referido deslocamento dos pistões. É justamente esse ar que é “comprimido” no motor turbinado, como vemos abaixo.
Motores turbinados: os seus diferenciais
Também chamado de sobrealimentado ou supercharger, o motor turbocompressor é diferenciado. Isso quando comparamos com os aspirados. Inclusive, eles foram primeiramente aplicados ao setor naval e até à aeronáutica.
Na verdade, a história é longa, pois as aventuras de sua tecnologia começam já em 1903. E passam por vários problemas de adaptação até atingirem o sucesso. O que consiste, basicamente, num melhor aproveitamento do próprio calor do motor.
Sim, pois motores a combustão interna chegam a perder 2/3 da energia gerada pelo próprio tubo de escapamento. Ao mudar essa dinâmica, o motor turbinado sai na frente. Para isso, naturalmente, é preciso agregar mais tecnologia ao conjunto.
Em termos de consumo comparativo, é curioso que no uso rotineiro o aspirado consome bem mais combustível. Contudo, quando o motor turbinado é levado ao máximo em termos de velocidade, então seu gasto sobe consideravelmente.