Poder rodar com gasolina, etanol ou ambos ainda é um benefício para muita gente. Porém, há muitas dúvidas sobre o funcionamento prático dessa tecnologia. Por isso escrevemos sobre motor flex: origem e atualidade dessa tecnologia que conquistou o Brasil!
De modo similar, também já falamos sobre a diferença entre motores 2.0, 1.8, 1.6, 1.4 e 1.0. Além de dicas práticas sobre como você pode aumentar a vida útil do motor automotivo. E até mesmo os 5 carros com os maiores motores da história.
Motor flex: origem e funcionamento
Hoje pode parecer algo muito óbvio, mas a verdade é que, parando para pensar bem, essa tecnologia foi revolucionária. Afinal, antes do motor flex a divisão entre motores a gasolina e motores a etanol era radical.
Se o frentista ou o dono confundisse um e outro, o carro parava na hora. Então, em meados de 2003, o mercado automobilístico viu a grande novidade do motor flex. Agora já vai fazer 20 anos de inovação, e desde então os carros flex podem funcionar assim:
Com gasolina, com etanol ou mesmo com a mistura de ambos. Na verdade, essa grande “novidade” foi a popularização comercial. Em termos de engenharia, o primeiro motor flex histórico foi o Ford Modelo T, vendido de 1908 a 1927.
Só que na época o petróleo era mais barato. Então, só após a crise dos idos de 1970 e 1980 é que a indústria voltou a buscar soluções. Aí sim, o que aconteceu em 2003 foi um passo importante da Volkswagen, com o Gol 1.6 Total Flex, o primeiro 100% flex da história.
Motor flex: “aprendizado de combustível”
Já vimos que a tecnologia do motor flex conquistou o coração do brasileiro médio. Não há dúvida quanto a isso. No entanto, isso não quer dizer que não haja dúvidas por parte das mesmas pessoas. Ainda que elas adorem a liberdade de escolha do motor flex.
Por exemplo, muitos ainda não sabem como ou quando se pode “mudar” o abastecimento. Ou seja, se você tiver usado um tanque inteiro com gasolina, depois pode colocar etanol direto, ou vice-versa? E se tiver meio tanque com um combustível, como pôr o outro?
Bem, para responder é preciso lembrar que o carro flex tem uma tecnologia que se chama “aprendizado de combustível”. Ela está ligada não apenas ao motor, mas sobretudo à central eletrônica do veículo. Na prática, ela tem mapas de calibrações possíveis.
Ou seja, o carro consegue se adaptar a diversos teores de gasolina e de etanol. Contudo, isso não quer dizer que não haja sugestões de procedimento. Afinal, é sempre possível ajudar uma tecnologia a funcionar melhor ou pior, concorda?
Basicamente, na hora de mudar de um combustível para outro, o ideal é colocar meio tanque de cada. Assim a transição é mais suave. Contudo, mesmo que você faça uma mudança abrupta, o carro não vai parar, só vai “sofrer” desnecessariamente para se ajustar.