Nissan suspende novos motores à combustão

A Nissan vem seguindo os passos de algumas fabricantes europeias e não deverá mais investir em novos motores a gasolina ou diesel. A japonesa caminha na direção contrária de suas conterrâneas Toyota e Mazda, que acreditam na eletrificação mais gradual dos automóveis.

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A afirmação é do diretor de planejamento da Nissan para África, Oriente Médio, Europa e Oceania, François Bailly, que confirma que a marca não investirá mais num motor térmico e que a transição para o futuro totalmente elétrico será pela tecnologia e-Power da marca.

Os Nissan e-Power trazem um motor a gasolina (ou possivelmente flex para o Brasil) que serve apenas como gerador de energia para carregar a bateria do motor elétrico. Este sim é usado para mover o carro. Já existem versões e-Power do novo Kicks e também dos Qashqai e X-Trail na Europa.

O X-Trail, aliás, deverá estrear a tecnologia por aqui, algo aguardado desde 2021. A marca chegou a testar no Kicks, mas deverá chegar apenas nova geração, depois da estreia no irmão maior.

Enquanto isso, os combustíveis fósseis ganharam um pouco mais de fôlego graças à flexibilização de algumas leis antipoluição, motivadas pela baixa aceitação e elevado custo dos carros elétricos, mesmo em mercados de países mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra. Dificuldades na infraestrutura de carregamento e autonomia também são entraves para a popularização dos carros elétricos.

Com estes dados, a Toyota mantém o trabalho em seus híbridos, com novos motores de três e quatro cilindros a gasolina, a Subaru continua com os esforços em cima do boxer de quatro cilindros e a Mazda resolveu voltar a investir no motor rotativo, inicialmente como extensor de autonomia, já usado pela marca no MX-30. Os motores da linha Skyactive também têm bons resultados.