Já viu alguém que tem o costume de desacelerar pouco antes da câmera do radar? Pode avisar essa pessoa que novos radares já são capazes de captar esse macete. Por enquanto, falta apenas o enquadramento legal para aplicar as multas. Entenda!
Lembrando que por aqui já falamos sobre recorde de radares: os 7 que mais multam em São Paulo. Sobre fiscalização de trânsito, explicando como funciona um radar. E até sobre multas manuais: 7 locais onde elas mais ocorrem em São Paulo.
Radar de velocidade média: legislação
Se você achou o novo radar polêmico, saiba que outros países já o aderiram e o enquadraram legalmente. No Brasil, porém, não é tão simples. Aqui temos o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com seu Artigo 218, que é muito específico.
Ele vai dizer que é infração transitar ou veicular em velocidade acima da máxima permitida para uma via. Até aí, tudo bem. Contudo, o registro dessa infração remete a instrumentos e equipamentos hábeis. E presentes em pontos de vias como:
- Rodovias;
- Vias de trânsito rápido;
- Vias arteriais;
- Demais vias.
É aí que está o ponto. Por definição, isso não permite monitoramento ou registro de trechos completos, apenas pontos específicos. No caso, o novo equipamento é definido como “radar de velocidade média”. O que exige esse monitoramento continuado.
Mas, não pense que isso é tudo. Na verdade, o Brasil já mostrou total interesse na nova tecnologia. Além de testes feitos, já existe no Contran (Conselho Nacional de Trânsito) uma proposta para legalização do dispositivo. Sobre os testes, entenda melhor abaixo!
Radar de velocidade média: funcionamento
Pode parecer complexo, mas até que o radar de velocidade média tem um funcionamento simples. Trata-se apenas de aumentar a quantidade de radares no trecho desejado. Ou seja, cada um dos dispositivos vai registrar uma velocidade. Depois, é só fazer as contas.
O próprio sistema faz esse cálculo e emite a “velocidade média”. A questão é objetiva e científica, não deixando margem para imprecisões ou injustiças. Por exemplo, se você percorre um trecho de 100 km em 30 min, fica claro o quê? Ora, que você estava a 200 km/h, não é mesmo?
Essa é a lógica. Sobre os testes já feitos no Brasil, eles ocorreram em São Paulo. Tudo isso com autorização expressa da própria Secretaria Nacional de Trânsito. No entanto, foi tudo apenas um teste, evidentemente, sem teor legal ou punitivo.
Os testes ocorrem no período de 1 ano. O que registrou nada menos que 850 mil veículos com “velocidade média” fora do obrigatório. Agora, falta os órgãos competentes se mobilizarem para agilizar o processo de legalização e implementação da novidade.