É difícil ignorar a crise que se abate também sobre a Rússia após a invasão da Ucrânia. Países do mundo todo entraram com embargos comerciais. Tal como as fabricantes de carros, que simplesmente saíram do País. O que impactará até os novos veículos.
Na prática, o valor dos carros novos chegou a subir até 50%. Forçando o governo local a investir R$ 2 bilhões na tentativa de atenuar o problema. Contudo, a notícia agora é de que as montadoras locais vão reduzir os controles de qualidade automotiva. Entenda!
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Quando um país mais forte invade outro mais fraco, a princípio pode parecer algo vantajoso para o primeiro. Contudo, quando ocorrem sensações como as que se abateram sobre a Rússia, a situação muda de figura, não é mesmo?
Ainda mais porque essa crise de guerra cruzou com outra, que foi a da escassez de semicondutores. O que por si só já forçou várias fabricantes, do mundo todo, a regredirem alguns patamares. Como com a Volkswagen, com a Mercedes-Benz e outras.
No caso da Rússia, o agravante se deu quando as marcas deixaram o País. Agora, os russos correm o risco de comprar automóveis com um controle de qualidade baixo. Comparável a níveis de algumas décadas atrás.
O motivo é simples: o próprio governo isentou as fabricantes de cumprirem certas exigências. Por exemplo, a instalação obrigatória de airbags ou de freio ABS. Aliás, até o Controle de Estabilidade (antes compulsório, dado o clima do País), caiu.
A medida será testada até dia 1º de fevereiro de 2023. Até lá, os veículos poderão receber certificação legal de modo bem mais facilitado. Infelizmente, no meio de uma crise e de tanta incerteza, é de duvidar que os fabricantes percam essa “oportunidade”.
Outro ponto é o de padrões ambientais, que também ficou comprometido. Afinal, o abastecimento de peças e partes de sistemas de gerenciamento de motor também foram interrompidos. Portanto, nada obriga as marcas a baterem metas de sustentabilidade.
Lembrando que, após a Renault deixar o País, o governo ressuscitou a marca Moskvich. Para quem não se recorda, ela fazia carros na época da Guerra Fria. Quando o mercado russo era totalmente fechado para as novidades americanas e ocidentais no geral.