Quem achava que os Huayra da Pagani não eram suficientemente exclusivos, já pode ficar mais calmo. Se os demais fabricados desde 2011 para cá contavam apenas dezenas ou centenas de exemplares, o Codalunga não terá mais que 5 unidades.
Naturalmente, quando uma marca dessas faz uma aposta assim não se trata de um tiro no escuro. O modelo é baseado no desejo de dois clientes da montadora de luxo, segundo um projeto que teve início quase cinco anos atrás, em 2018.
“Menos é mais” e DNA do Huayra Coupé
Para o espanto de alguns, o princípio número um da Pagani é o famoso “menos é mais”. Ou seja, embora busque a excelência, a ideia é não rebuscar muito, o que já começa pelo design do Codalunga, tanto o interno quanto o externo.
Por dentro, o modelo novo segue o estilo da gama Huayra, com cabine inspirada na aviação. Sem falar no luxo do couro legítimo, do alumínio, do aço com acabamento refinado e da presença da fibra de carbono.
Além da aviação, a inspiração é a dos modelos de cauda longa (tradução para Codalunga) das 24 Horas de Le Mans lá dos idos de 1960. Sem falar no próprio Huayra Coupé, que dá o DNA do carro novo.
Por fora, a dianteira já confirma essa semelhança com a gama, só que com linhas e aberturas mais suaves. A traseira, apesar do defletor de ar e das lanternas circulares, é monopolizada pela abertura que permite ver as entranhas da máquina.
Motorização e valores
A potência chega a 840 cv e 112,2 kgfm de torque. Vindos de um V12 6.0 biturbo, com caixa de sete marchas. Pela tradição, isso deve entregar velocidade máxima de 300 km/h. Também precisa de apenas 3 segundos para ir de 0 a 100 km/h.
Não que precisasse muito, mas o peso do carro ajuda a força do motor. São apenas 1.280 kg, graças a peças e partes modernas, como o sistema de escapamento de titânio, que não passa dos 4,4 kg. No fundo, é o peso de um Volkswagen T-Cross.
Parece que a encomenda feita pelos dois clientes da marca foi atendida a contento, não é mesmo?! Eles queriam um Huayra Coupé estilo “cauda longa”. Além de chamar atenção nas ruas, isso permitiu uma aerodinâmica ainda mais avançada do que a habitual da marca italiana.
A pechincha do valor de 7 milhões de euros para cada unidade deve ser um detalhe irrisório. Em conversão atual e direta, estamos falando dos seus mais de R$ 35 milhões.