É claro que a pandemia impactou seriamente a indústria automobilística no Brasil e no mundo. Contudo, em 2022 o desafio já foi o de tentar reverter o caso. Agora, quando o assunto é a produção de veículos, veja as previsões para o ritmo em 2023, segundo a própria Anfavea. Logo abaixo, não perca!
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Por aqui, também já colocamos a questão se é verdade que a mobilidade elétrica cresceu na América Latina durante a pandemia. Sobre a polêmica de a gasolina do Brasil ter chegado a ser a mais cara do mundo em 2022. E até sobre as tendências de mobilidade urbana para 2023. Confira também esses temas!
Produção de veículos leves e pesados em 2023
A Anfavea é a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Como referência de peso na área aqui no Brasil, em 2020 ela já havia apontado uma queda de nada menos que 30% na produção de veículos. O grande motivo era, naturalmente, a pandemia.
Pulando para 2022, após um ano de turbulência e tentativas de adaptação e superação, o crescimento apresentado foi de 5,4%. Isso em comparação, justamente, com 2021. Agora, a projeção de crescimento para os próximos meses e para 2023 como um todo não é algo que anima muito.
A princípio, o número ficaria em 2,2% apenas, em relação a veículos leves. Ou seja, carros de passeio, esportivos, utilitários e caminhonetes. Já os veículos pesados (carretas, caminhões, ônibus e afins), podem sofrer uma queda de até incríveis 20,4%.
Um ponto importante nessa discussão é que o motivo de retração da indústria automotiva já não é o mesmo da era da pandemia. Lá havia questões centrais como a escassez de semicondutores. Hoje, porém, o peso maior é o da crise financeira entre os compradores.
Aqui mesmo no Brasil, o que se verifica é um número alto de compradores com crédito restrito. Os dados são da própria BVSP (Bolsa de Valores de São Paulo). Comparando 2022 com 2021, a queda de número total de financiamentos realizados foi de 13%.
O que contribuiu para isso, além da crise generalizada, é o aumento dos juros. Boa parte da população compradora acaba achando melhor ficar sem carro, ou esperar que a situação melhore, em vez de pagar taxas abusivas. Ao esperar, o mercado vai se estagnando.
Ainda segundo a Anfavea, apenas em 2024 o cenário da indústria automotiva nacional deverá crescer de modo significativo. Contudo, o governo atual promete uma reforma tributária que poderia acelerar essa recuperação. Agora, é aguardar para ver.