Que a tecnologia automotiva avança a passos largos não é novidade para ninguém. Ainda assim, ela não cansa de nos surpreender. A pauta da vez é sobre recarregar carros elétricos sem fio. Veja como vai funcionar, e quando a tecnologia deve chegar!
Também já detalhamos temas semelhantes. Como a revolução elétrica da nova tecnologia que permite carregar carros elétricos em movimento. E a questão dos valores: um dia eles serão mais baratos? E se é verdade que poderão ter recargas de 10 minutos já em 2027.
Carregamento por indução: funcionamento da tecnologia
Tem gente que ainda não se acostumou nem com a ideia de conectar o carro na tomada de casa. E agora já começa a surgir um horizonte em que os veículos elétricos serão recarregados sem fio, por indução magnética. Sim, por mais incrível que isso possa parecer.
O funcionamento básico da tecnologia aponta para bobinas eletromagnéticas polifásicas. É a densidade de potência atingida por essas bobinas que permite o tráfego de eletricidade pelo ar. As bobinas magnéticas são instaladas tanto no carro quanto no carregador.
Como se não bastasse, as estações de recarregamento podem ser utilizadas com o carro estacionado. Mas também com ele em movimento, o que inclui outra frente de estudos. No segundo caso, a plataforma magnética se torna a própria rua ou estrada veicular.
A potência magnética das plataformas é tão alta, que basta o carro ser um bom receptor para aproveitar a transferência de energia. Mesmo com o veículo em alta velocidade, é possível atingir níveis de 300 quilowatts. E eficiência de energia acima dos 96%.
Carregamento por indução: funcionamento da tecnologia
Na ponta do lápis, a densidade descrita acima é de 1,5 megawatts por m². O que, na prática, é 10 vezes maior que o padrão convencional de recarregamento. A tecnologia é da HEVO, empresa pioneira na área. Em parceria com a americana ORNL (Oak Ridge National Laboratory).
Hoje os veículos elétricos convencionais contam com baterias que ficam entre 30 e 60 kWh. O que demanda algo entre 15 e 20 minutos para recarregamento, com fontes de 300 kW. O problema é que aumentar isso implicaria um megawatt inviável em termos de comercialização.
Ou seja, ainda não havia horizonte bem definido no sentido de melhorar a condição dos elétricos convencionais. Já o novo sistema sem fio abre um horizonte de carregamento mais dinâmico, literalmente em tempo real. O que também traz outras vantagens.
Por exemplo, o da redução de tamanho das baterias. O que, por sua vez, deixa o conjunto mais leve e até com autonomia maior. Já a previsão para que a ORNL comece a instalar essas baterias em carros comercializáveis aponta para o ano de 2024, no mínimo.