Na tabela abaixo você encontra versões, preços e pontos fortes de carros elétricos e híbridos:
MODELOS ELÉTRICOS/ HÍBRIDOS | PREÇO (TABELA FIPE) | PONTOS FORTES |
Chevrolet Bolt | R$ 228.079,00 | Boa autonomia (faz 416km com uma carga) |
Renault Zoe | R$ 146.774,00 | Menor preço da categoria |
Nissan Leaf | R$ 209.990,00 | Bons equipamentos |
Toyota Prius (Híbrido) | R$ 164.907,00 | Melhor consumo |
Toyota RAV4 (Híbrido) | R$ 216.387,00 | Luxo e bom consumo |
Toyota Corolla Altis (Híbrido) | R$ 139.313,00 | Menor preço entre os híbridos |
Em 12 de fevereiro de 2020, a lei que proíbe a produção de carros novos movidos à gasolina e a diesel no Brasil teve mais alguns avanços em sua tramitação e falta pouco para finalizar seu processo e ser promulgada.
Esta mesma lei proíbe a circulação de carros movidos à gasolina ou diesel até 2040.
O mesmo vem acontecendo em praticamente todos os países e cada um está estabelecendo um prazo para o fim da produção de carros novos movidos com combustíveis fósseis e também para a proibição da circulação destes carros.
A Inglaterra, por exemplo, adiantou o prazo para o fim da produção que estava previsto para 2035 para 2025 e a Índia fará o mesmo no ano de 2030.
O debate sobre a proibição da produção de carros novos movidos por combustíveis fósseis
No Brasil, até a aprovação da lei ainda haverá muito debate.
O primeiro deles, que já vem acontecendo, é que as montadoras estão afirmando não ser possível adaptarem suas plantas e a importação de peças para a produção massiva de carros elétricos até a data prevista.
Os carros elétricos, na maioria dos outros países, é a única alternativa para o fim da produção de carros novos movidos à gasolina ou a diesel, mas, no Brasil temos o e o biodiesel que podem suprir parte do mercado.
A respeito disto, também são várias as questões a serem levantadas, a primeira delas é se a nossa produção de etanol é suficiente para todo o mercado de carros.
Isso é muito improvável, já que toda a produção de etanol no Brasil tem se superado a cada e mesmo assim, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não chegou a abastecer 20% do mercado de combustíveis para carros e caminhões em 2018.
Com isto, o nosso maior volume na produção de carros novos com a proibição o provável é que seja mais voltada para os carros elétricos também.
Outro empecilho para a produção massiva de carros elétricos
Há duas grandes questões que ainda tem que ser resolvida para a produção massiva de carros elétricos.
Uma delas, o preço dos carros elétricos, é mais fácil de ser resolvida com o aumento da produção de carros novos elétricos em massa, isto porque os preços deles ainda é muito alto pelo baixo volume de vendas.
Este fator acaba gerando um alto custo nas peças e o valor gasto pelas montadoras nos projetos é diluído em poucas unidades vendidas.
A outra questão é mais complicada de se resolver, com a produção massiva dos carros elétricos teremos pontos de recarga suficiente e será que conseguiríamos adaptar isso em apenas 10 anos?
Atualmente, o único corredor elétrico é o trecho Rio-São Paulo. Na Rodovia Presidente Dutra há postos suficientes para ir de uma cidade a outra com um carro elétrico.
Mas, a pergunta é: como e quanto tempo vai demorar a fazer com que o uso do carro elétrico não seja exclusivamente urbano?
E mesmo que consigamos que estes postos de recarga sejam supridos nas grandes cidades, como ficam as cidades interioranas, principalmente no Nordeste e Norte do país que ficam isoladas? Será que haveria postos de recargas nestas cidades?
Vai depender muito do lobby das montadoras e da indústria petroleira, como se dará o avanço da lei que até ser promulgada, pode ser que ainda sofra alterações e que não fique proibida a produção de carros novos movidos com combustíveis à combustão em 2030.
Mas a proibição da produção de carros a gasolina e diesel em algum momento e muito provavelmente entre os anos de 2030 e 2040 é algo que deve acontecer.
No meio do caminho, os carros híbridos
A alta produção de carros híbridos é considerada por especialistas como uma fase transitória para os elétricos, mas é uma excelente alternativa para quem quer comprar um carro em que já possa ir adaptando-se à tecnologia que deve dominar o mercado de carros novos nos próximos anos.
Já a Toyota, que foi a estreante no segmento aqui no Brasil, com o Toyota Prius, jogou pesado este ano no mercado de carros híbridos, lançando duas versões do sedan médio mais vendido no país, o Toyota Corolla.
A montadora japonesa foi mais longe com o Toyota RAV4,o SUV chega à linha 2020, em duas versões, ambas com motor híbrido. Ele nunca foi um grande sucesso de vendas, mas sempre teve seu público cativo e agora não conta mais com opções de motor a gasolina ou diesel.
Uma enorme vantagem que nós brasileiros temos diante de todos os outros países, e que a Toyota inovadora no segmento, também foi pioneira no Toyota Corolla Híbrido é o motor híbrido flex.
A Toyota lançou o primeiro motor híbrido flex do mundo para equipar o Corolla Híbrido, leia-se, o sedan é movido com gasolina, etanol ou a bateria, que pode ser usada sozinha em baixas velocidades, inclusive perímetros urbanos curtos podem ser percorridos sem consumir nada de combustível.
Fazendo as contas se os carros elétricos valem a pena para você
Para moradores de algumas grandes capitais brasileiras, que já tem uma ampla rede de postos com recarga para carros elétricos, pode valer a pena a compra de um carro elétrico, mesmo agora com o preço ainda alto e o uso seja prioritariamente urbano.
Na média, entre Chevrolet Bolt, Renault Zoe e Nissan Leaf, carros elétricos de montadoras tradicionais do Brasil, suas revisões até os 60.000 quilômetros custam cerca do mesmo valor que uma revisão de carros comuns.
Isto dá uma economia de cerca de R$4.000,00 e o carro elétrico melhora o custo-benefício se você roda muito.
A média brasileira é de 13.000 quilômetros rodados por ano, supondo que você percorre 17.000, o que é cerca de 50 quilômetros por dia, muitas pessoas nas grandes metrópoles rodam isto para ir e voltar do trabalho.
Se você comparar o custo com um carro que tenha boa oferta de equipamentos e o bom desempenho que estes carros elétricos oferecem, a média de consumo na cidade é aproximadamente de 8 km/litro, em um ano o carro consumiria 2.125 litros de gasolina com o preço médio de R$4,50 dá um gasto de R$9.562,50.
Com os carros elétricos, se gasta aproximadamente R$20,00 para rodar 300 quilômetros, o que não chega a R$0,07 por quilômetro e o total do ano para uma pessoa que anda o mesmo que na hipótese anterior é de R$1.133,33, uma diferença de quase R$8.500,00 por ano.
A economia gerada em ter um carro elétrico em quatro anos seria de R$33.716,68 em combustível somado aos R$4.000,00 das revisões, contando ainda com o desgaste de peças que é menor nos carros elétricos é muito provável que este valor passe dos R$40.000,00.
Opções de carros elétricos no mercado brasileiro
Ainda escassas também são as opções para comprar carros elétricos, apenas Nissan, Renault e Chevrolet dentre as montadoras tradicionais brasileiras os têm disponíveis, mas isto deve se ampliar para todas até o ano que vem.
Para fechar sua compra, faço aqui um pequeno comparativo dentro destas próprias marcas, o Nissan Leaf ficaria com o preço mais alto do que Nissan Sentra ou Nissan Kicks, a favor do Nissan Leaf joga desempenho próximo e nível de acabamento próximo do sedan da marca e muito superior ao do SUV e o elétrico é mais moderno que seus dois irmãos.
O Chevrolet Bolt quando comparado com Chevrolet Cruze Sport 6 Premier II, ganha e muito em desempenho do esportivo, mas o Cruze é um pouco mais equipado.
Se compararmos os dois carros em todos os itens, o elétrico leva vantagem e neste caso o preço mais a economia que o elétrico gera a longo prazo os dois empatam.
Já o Renault Zoe, o carro elétrico mais barato do Brasil, fica com o preço igual ao do Renault Captur na sua versão topo de linha, eles empatam em desempenho, mas o Zoe tem desempenho melhor e Captur melhor espaço interno e acabamento.
A decisão está em suas mãos, e mesmo que decida não comprar um carro elétrico agora, é muito provável que você ainda tenha um.
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