A Stellantis está prestes a anunciar um investimento bilionário que promete marcar a história da indústria automotiva brasileira. Emanuelle Cappellano, o novo COO da empresa na América do Sul, revelou que o tão aguardado anúncio será feito no final de fevereiro e representa o maior aporte já realizado no setor no país.
Durante uma breve conversa com jornalistas na última sexta-feira, durante o anúncio da aquisição da DPaschoal, Cappellano não divulgou detalhes precisos, destacando que o valor exato só será revelado no momento do anúncio devido ao período de fechamento do ano fiscal das empresas. Vale ressaltar que este novo investimento será uma continuação do pacote de R$ 16,2 bilhões planejado até 2025, o qual inclui a produção do primeiro carro com motor híbrido-flex fabricado no Brasil, com lançamento previsto para 2024 em Goiana (PE).
O ciclo atual de investimentos também contempla projetos como o Bio Hybrid, que prevê a produção de modelos híbridos, híbridos plug-in e elétricos no país. Além disso, a tão aguardada picape média Titano está programada para finalmente ganhar vida este ano.
Renovação
O novo aporte financeiro deverá ser direcionado para a renovação da linha de produção da Stellantis, impactando modelos icônicos como o Fiat Argo e Cronos, assim como o Jeep Renegade e Compass. Com alguns desses modelos ultrapassando o ciclo de vida padrão, o investimento pode ser crucial para modernizar as fábricas em Betim (MG) e Goiana (PE), possibilitando a produção de novas plataformas, como a arquitetura CMP montada em Porto Real (RJ) para os Citroën C3 e C3 Aircross.
Cappellano também destacou as recentes vitórias da empresa, como a prorrogação do Regime Automotivo do Nordeste até 2032, garantindo benefícios fiscais e, assim, fortalecendo os investimentos na região. A empresa, que representa 31,4% das vendas de carros e comerciais leves em 2024 no Brasil, também celebrou a implementação do programa Mover, que trará diretrizes para investimentos na indústria automotiva, promovendo tecnologias sustentáveis, desde o uso de etanol até veículos elétricos e hidrogênio verde.