Para alguns seria a morte do automóvel, outros não veem a hora de simplesmente sentar e o veículo seguir sozinho para o destino. A tecnologia ADAS nos ajuda a entender melhor como está o presente e qual o futuro dos carros autônomos.
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Sigla para Advanced Driver Assistance (Sistema Avançado de Assistência ao Condutor), o que esse recurso permite é, justamente, tornar o veículo mais autônomo. Isso quer dizer que os carros já podem ser 100% autônomos? Sim e não.
Na verdade, para os automóveis chegarem a sair de fábrica literalmente sem volante e sem pedais, falta mais do que pode parecer. Mas há projetos particulares indo nesse sentido. Ficou curioso? Para entender melhor, basta seguir adiante!
ADAS é um “piloto automático”?
Que os automóveis representam uma revolução incrivelmente positiva na vida contemporânea ninguém nega. Só que a indústria automobilística também trouxe alguns desafios bastante sérios.
Por exemplo, o crescente congestionamento e a lotação urbana causada pelos carros. Sem falar nos acidentes fatais, que acontecem anualmente aos milhões no mundo todo. E ainda tem a questão do impacto ambiental.
Aí é que entra a tecnologia, tentando resolver todos esses problemas. Por incrível que pareça, uma das únicas frentes que pode contribuir para diminuir todos esses problemas ao mesmo tempo, é a do Sistema Avançado de Assistência ao Condutor.
Conhecida popularmente como “piloto automático”, ela pode diminuir o congestionamento. Além de reduzir para quase zero os acidentes veiculares e diminuir bastante a poluição. Isso porque ela vem acompanhada de uma proposta mais ampla.
Como parte de um projeto de Inteligência Artificial, esses veículos estarão super conectados. Basicamente, todos os carros passarão a estar ligados no Wi-Fi, trocando dados com outros automóveis.
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Mais ainda, eles também vão poder se conectar com semáforos, pedágios, câmeras de controle de velocidade e afins. Lembrando que esses “carros inteligentes” também vão depender, em alguma medida, de “autoestradas inteligentes”.
Na Europa, essa conexão entre automobilismo e telecomunicação já conta com pesquisas da parte de marcas como BMW, Toyota, Renault, Ford e até Volkswagen.
Quando eles serão 100% autônomos?
Podemos dizer que há uma corrida tecnológica para várias frentes de desenvolvimento da indústria automobilística. Por exemplo, a dos carros voadores, ou a dos carros elétricos. Assim, a autonomia dos veículos é apenas outra pauta na agenda.
Ainda assim, certamente está entre as principais, além de ser uma das que mais despertam a curiosidade das pessoas e o sonho de muitos motoristas pelo mundo todo. Com tudo isso, fica a pergunta: quando os carros serão 100% autônomos?
Para ajudar a iluminar esse assunto, podemos recorrer à famosa Sociedade de Engenheiros Automotivos (Society of Automotive Engineers), também conhecida como SAE Internacional.
São seis níveis de automação, de 0 a 5:
- Nível 0: a maioria dos carros atuais, em que o condutor faz tudo;
- Nível 1: assistência tecnológica de frenagem, aceleração e direção;
- Nível 2: direção autônoma em estradas, mas o condutor pode ter de assumir em situações de risco;
- Nível 3: maior capacidade de detectar o entorno, mas ainda exige um condutor;
- Nível 4: capacidade incrível de direção e resposta a problemas no percurso, mas ainda há volante e pedais, caso o condutor queira assumir;
- Nível 5: adeus aos pedais e ao volante, o condutor pode embarcar e fazer outra coisa enquanto o veículo segue para o destino.
Ou seja, a tecnologia ADAS iria do nível 1 ao 4. Isto é, ela supera o carro 0, que não tem auxílio nenhum ao motorista, mas não chega à autonomia completa, que então deixaria de ser um mero auxílio para se tornar a própria condução do veículo.
Neste caso, realmente não faz sentido falar em Sistema Avançado de Assistência ao Condutor quando o carro não tem nem sequer volante e pedais. Afinal, não se trataria mais de uma “assitência”, concorda?
Exemplos pelo mundo todo
Há, espalhados pelo mundo, vários carros nos primeiros níveis que a SAE Internacional determinou para a autonomia veicular. No primeiro deles, por exemplo, encontramos o Volkswagen Nivus e o Jeep Compass.
No segundo, o Tesla Autopilot, o Cadillac Super Cruise, o Mercedes-Benz Classe E e o SUV Volvo XC40, entre outros. Até no nível três encontramos opções, como o incrível Honda Legend.
Porém, não se ouve falar no nível 4 e 5, ao menos não para carros de passeio. O grande problema é que carros particulares podem rodar livremente. Isso sem nenhuma previsão de itinerário, o que cria problemas de diversos tipos, inclusive legais.
Contudo, quando falamos em veículos profissionais, a situação muda de figura. Como no caso dos carros voadores, que estão previstos para os próximos anos, por serem táxis e serviços de condução pública, com itinerários previsíveis.
Um exemplo de carros 100% autônomos que já circula são os da Domino’s Pizza, que faz suas entregas com essa tecnologia em algumas regiões dos EUA.
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Todos os outros projetos de que ouvimos falar, ligados a carros de passeio e de uso pessoal, entram nas restrições que citamos acima.
Ainda assim, mesmo sem data para serem comercializados, eles já envolvem nomes que vão desde startups não tão conhecidas, até marcas como Mercedes-Benz, GM, Volkswagen e até mesmo Apple e Google.
Considerações finais
Com isso chegamos ao fim, deixando claro que os veículos autônomos já estão no radar das maiores montadoras, seja com a tecnologia ADAS ou com níveis ainda maiores de autonomia.
Mas quando se fala em carros de passeio 100% autônomos, a situação muda bastante. E você, já sabe se considera essa possibilidade um avanço ou se não seria, como dizem alguns, a “morte do carro”? Divide com a gente abaixo, nos comentários.