É difícil imaginar o que seria do mundo contemporâneo sem o auxílio do petróleo, como a função que ele tem nos vários tipos de gasolina e combustíveis existentes. Ao mesmo tempo, ouvimos cada vez mais que a gasolina está com seus dias contados.
De fato, já não são mais apenas alternativas como o etanol ou o GNV (Gás Natural Veicular). Até mesmo a eletrificação tem invadido a indústria automobilística, com carros elétricos ou híbridos se popularizando a cada dia.
Por isso mesmo, várias dúvidas têm se espalhado, tais como: Qual será o futuro dos postos de gasolina? Ou ainda: Quando os carros a gasolina vão acabar?
Para responder isso é que decidimos escrever esta matéria, detalhando os tipos de gasolina existentes no Brasil e no mundo, bem como o futuro delas e desse cenário como um todo. Acompanhe!
Quais são os tipos de gasolina no Brasil?
Basicamente, a própria indústria automobilística brasileira não foi uma das mais rápidas a se desenvolver no mundo. Por isso, não é de estranhar que não seja a primeira a se modernizar totalmente.
Realmente, países de primeiro mundo continuam liderando o avanço tecnológico nesse segmento, como em tantos outros.
Assim, hoje nós vivemos um cenário em que existem pelo menos quatro tipos de gasolinas que merecem atenção, sendo elas:
- A gasolina comum;
- A gasolina aditivada;
- A gasolina premium;
- A gasolina formulada.
O que há de importante para levar em conta na fórmula da gasolina é o grau de octanagem e o nível de adição de etanol.
Pouca gente sabe, mas esses números são estabelecidos por força de lei, então ao nomear o produto é preciso cumprir as regras.
Gasolina comum: como funciona?
Esse combustível é conhecido como gasolina Tipo C, sendo ela uma das mais populares e tradicionais do mundo.
Embora o desempenho técnico de qualquer tipo de gasolina ainda seja considerado superior, é indiscutível que no longo prazo ela compromete tanto o veículo quanto o meio ambiente.
Isso por acumular vários detritos no próprio sistema de combustão do veículo e, claro, por ser altamente poluente.
Sua coloração é amarelada e a lei exige que ela contenha entre 25% e 27% de etanol em sua composição. Esse segundo elemento leva anidro em sua composição, que é o álcool da cana-de-açúcar, sem nenhuma margem de água.
O grau de octanagem nela é de no mínimo 87 IAD (ou seja, Índice Antidetonante).
A aditivada vs. a premium
Há muita confusão a respeito da gasolina aditivada, sobretudo por parte de certo marketing que costuma induzir os clientes ao erro. No fundo, a adição só traz agentes detergentes, deixando ela com uma coloração esverdeada.
Isso aumenta o desempenho do veículo? Negativo, só o que faz é ajudar na limpeza interna do motor e impedir o acúmulo de detritos negativos.
A gasolina premium tem vários nomes comerciais, tais como:
- Podium, da Petrobras;
- Octapro, do Ipiranga;
- V-Power, da Shell.
Essa é a opção que realmente melhora o desempenho do seu carro, tanto que é mais cara e mais difícil de ser encontrada. Graças à octanagem dela que é maior, de 95 IAD.
Sua aparência é levemente alaranjada, e sua adição de etanol anidro é menor, chegando a ter 2% a menos do que na aditivada ou na comum.
O que é uma gasolina formulada?
Basicamente, tem gasolina que é refinada diretamente do petróleo até atingir o produto final, e outras passam por um processo de formulação, que geralmente ocorre por uma produtora já do mercado secundário, e não do primário como no caso da refinação.
A polêmica começa no fato de que a própria ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) vai dizer que não há diferença nenhuma entre ambas. Que a formulação posterior pode atingir o mesmo patamar da refinação original.
Mas há muitos condutores que registram experiências ruins e rendimento menor do carro, tanto que alguns postos de gasolina apelam para propagandas do tipo “Aqui não usamos gasolina formulada”.
Na prática, uma coisa é certa: o grande vilão dos combustíveis, tanto gasolinas quanto os demais, é a adulteração. Então, se ficar na dúvida quanto à integridade de um posto, faça uma denúncia e a fiscalização da ANP vai comparecer ao local.
Também não deixe de levar sua própria experiência em conta, sempre fazendo o cálculo de rendimento para verificar se a gasolina e o posto que você tem escolhido realmente rendem bem, antes de ficar mais tranquilo.
É verdade que vai acabar a gasolina?
Por fim, vale ressaltar que a eletrificação realmente está caminhando a passos largos, seja em carros 100% elétricos ou nos híbridos.
De qualquer modo, algumas marcas já saíram na frente e decidiram até anunciar que realmente vão parar de produzir veículos com motor a gasolina. São elas:
- Renault
- General Motors
- Nissan
- Volvo
- Honda
- Audi
- Jaguar Land Rover
- Ford
Ou seja, não são apenas as marcas de luxo, mas também as “generalistas”, como se diz. Portanto, é mesmo bom ir se preparando para os carros 100% elétricos como opção única daqui um tempo, pois a queima de combustíveis está com os dias contados.
Por fim, vale lembrar que o debate já chegou na esfera legislativa. Não é só na Europa e na Ásia, que já estão propondo abolir o carro a combustão até 2035, ou na Índia e na Holanda, que passaram da proposta e já aprovaram a proibição.
Mas também no Brasil esse movimento cresce nas esferas políticas. Em 2020, por exemplo, o Senado aprovou um Projeto de Lei (faltaria a sanção do Executivo) para proibir a venda de carros a gasolina a partir de 2030, e a circulação em 2040.
Vale mencionar que a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) vem se posicionando em contrário e apontando que isso seria economicamente inviável.
Considerações finais
Agora ficou mais fácil entender por que existem vários tipos de gasolina por aí? Além de explicar quais são, também esclarecemos as questões legais que circulam o tema.
Já o futuro da gasolina como um todo é algo incerto em termos de data exata, mas tudo indica que seu fim realmente não deve passar de uma ou duas décadas.
O que você acha desse assunto e como pretende se preparar para os carros elétricos? Se já sabe, deixe no campo de comentários abaixo.
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