A corrida pelas tendências tecnológicas automotivas e a paixão por velocidade se traduzem de vários modos. Um dos principais é responder em quanto tempo o carro atinge a famosa aceleração de 0 a 100 km/h. O que se descobriu recentemente, no entanto, é que exagerar nisso por fazer mal à saúde. Entenda!
De modo similar, por aqui também já falamos sobre dicas para dirigir com conforto e ainda cuidar da saúde. Sobre o risco que o pescoço e a coluna cervical correm mesmo em acidentes leves. E até sobre os 5 tipos principais de acidentes de carro, com detalhes sobre como afinal evitá-los. Imperdível!
A aceleração de 0 a 100km/h pode fazer mal à saúde?
Outro dia falávamos sobre os 5 carros mais rápidos do mundo, e citamos, por exemplo, o Bugatti Bolide. Ele chega a nada menos que 500 km/h, sendo que a marca de 0 a 100 km/h ele faz em incríveis 2,17 segundos. Mais recentemente, porém, a Tesla prometeu bater essa marca.
Ela tem o Tesla Roadster, que já atinge os 100 km/h em 1,9 segundo. Mas, não satisfeita, a marca de Elon Musk prometeu um modelo modificado que contará com um propulsor SpaceX. Sim, estamos falando de um carro-foguete, que atingiria 100 km/h em absurdo 1,1 segundo.
Claro que tudo não passa de protótipo ainda, mas a promessa logo levantou debates. O primeiro é sobre as leis de trânsito. Como, por exemplo, a dificuldade de um motorista nessas condições manter a direção defensiva e não prejudicar outras pessoas e veículos. Outro ponto é a saúde do próprio condutor.
Quando falamos nos ocupantes de um carro que vai a 100 km/h em quase 1 segundo, logo surge a questão da traumatologia médica. Que é um campo da medicina que lida com traumas físicos ocorridos em ossos, articulações, músculos, tendões e ligamentos humanos (ou mesmo animais).
O campo da física que se cruza com essa área da biologia é o da Força G. Trata-se da grandeza que mede a aceleração relativa a nada menos que a gravidade do nosso planeta. De modo claro: em força 1G, temos uma situação normal de repouso do corpo. No carro-foguete da Tesla, por exemplo, a força seria de 2,5G.
O mais incrível é que, segundo a ciência e a medicina, o limite da grandeza 1G em termos de aceleração de 0 a 100 km/h não é tão grande. Na verdade, se a marca for atingida em menos de 2,75 segundos, já estamos diante de um problema formal. Daí os perigos da proposta da Tesla.
Para começar, fazer 100 km/h em 1 segundo significaria o motorista sofrer o efeito do borrão visual, perdendo o campo de visão. Além do impacto cognitivo, a coluna poderia ter impactos traumáticos. E idosos ou pacientes com histórico de problema de circulação sanguínea poderiam chegar a ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral) transitório.