A cada dia a crise do setor automobilístico ganha um capítulo novo. Menos de dois meses atrás, anunciamos que o diretor do Grupo Volkswagen dizia que a crise dos semicondutores poderá durar até 2024.
Agora, a planta da VW de São Bernardo do Campo (SP) deu férias coletivas para 3 mil funcionários, por conta da escassez de componentes e peças que afeta o segmento.
A mesma estratégia já tinha sido necessária várias vezes. No ano passado, na fábrica de Taubaté (SP), cerca de 2 mil funcionários tiveram que tirar férias coletivas. No começo deste ano, foi a vez da planta de São José dos Pinhais (PR).
A unidade de São Carlos (SP) também já sofreu com isso, embora com um impacto menor de 200 funcionários. Sendo que a própria unidade de São Bernardo do Campo (SP) passou pelo mesmo problema há bem pouco tempo, no mês passado.
Na verdade, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a medida de agora afetou praticamente os mesmos colaboradores de algumas semanas atrás. A não ser pelo fato de que agora o número cresceu e inclui mais gente.
A diretoria da Volkswagen, por sua vez, declarou que só protocolou as férias coletivas por praxe, segundo decisões internas da marca. Mas a confirmação final se haverá ou não férias forçadas só virá nas próximas semanas.
Desta vez, o anunciado foi que os colaboradores ficarão parados por dez dias, de 27 de junho até 7 de julho, de acordo com o Sindicado dos Metalúrgicos de SBC.
Os problemas e o futuro da VW
Os problemas na própria cadeia de fornecimento de peças continua sendo o grande vilão da história. Na última vez, a fábrica falou explicitamente sobre falta de semicondutores.
Por fim, o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC recordou que o acordo vigente entre eles e a montadora permanece. Sendo que nem os empregos e nem o futuro da fábrica estariam em risco.
Hoje a Volkswagen tem cerca de 8 mil trabalhadores, 4,5 mil deles na parte de produção.