Após anos de especulação sobre um possível retorno do icônico Volkswagen Fusca para a era elétrica, a montadora alemã anunciou que não está nos planos trazer de volta o adorado veículo. Em uma entrevista exclusiva à revista inglesa Autocar durante os testes de pré-produção da terceira geração do Tiguan, o CEO da Volkswagen, Thomas Schafer, confirmou que o Fusca não está nos planos da empresa.
Embora alguns entusiastas tenham mantido as esperanças de ver um Fusca elétrico no mercado, Schafer explicou que a decisão não se deve à falta de recursos, tempo ou habilidades de desenvolvimento da Volkswagen. Em vez disso, a empresa está focada em uma estratégia de marketing que prioriza a rentabilidade e a eficiência dos investimentos.
Ao contrário do que ocorreu com a “Kombi elétrica”, o id.Buzz, que chegou à linha de produção e já está à venda na Europa e nos Estados Unidos, o Fusca não terá o mesmo destino.
“Eu não acredito que isso acontecerá, porque há certos veículos que tiveram seu auge. Não faria sentido trazê-lo de volta”, afirmou Schafer. “Olhando para o futuro e equilibrando todas essas tecnologias e os custos associados a elas, precisamos investir nosso dinheiro no melhor lugar possível.”
Essa visão contrasta com a do antigo CEO da Volkswagen, Herbert Diess, que havia expressado abertura para um novo Fusca baseado na plataforma MEB da empresa. Em fevereiro de 2022, Diess mencionou que “muitos outros carros emocionantes são possíveis em nossa plataforma MEB escalável” ao falar sobre os futuros lançamentos da marca. No entanto, a mudança de liderança na empresa trouxe uma nova direção estratégica.
A decisão da Volkswagen de não reviver o Fusca também levanta questões sobre o registro da marca “e-Beetle” na Europa. Embora tenha sido feito há alguns anos, parece que a empresa não tem mais planos de utilizá-lo.