A VW lançou a linha 2022 do Jetta GLI no Brasil com algumas mudanças importantes em relação ao modelo 2021. O modelo agora é a única versão do Jetta vendida no País. E além do visual renovado, teve mudanças discretas na mecânica, que influenciaram no desempenho da versão esportiva do sedã.
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Alguns pontos evoluíram com esse facelift, mas em contrapartida, equipamentos que antes estavam presentes deixaram de compor a lista de itens de série do sedã. Veja abaixo o que melhorou e o que piorou.
O que mudou para melhor
Conjunto mecânico
Para atender às novas normas de emissões de poluentes impostas pelo programa Proconve L7, a VW precisou fazer algumas mudanças no 2.0 TSI do modelo, que entrega 35,7 kgfm. O torque não foi alterado e continua disponível entre 1.500 rpm e 4.400rpm.
Turbo, a gasolina e de quatro cilindros em linha, esse motor alcança potência máxima de 231 cv entre 5.000 rpm e 6.200 rpm, o que representa 1 cv a mais que a linha anterior.
A transmissão automatizada de dupla embreagem também foi trocada. Sai a DSG de seis marchas e entra a DSG de sete marchas, ambas banhadas a óleo.
Com essas mudanças o sedã agora acelera de 0 a 100 km/h em 6,7 s, 0,1s a menos que antes.
Interior
Além das mudanças estéticas no exterior, a cabine também passou por alterações discretas. Devemos dar ênfase ao novo volante, que no Brasil estreou no crossover compacto Nivus. A diferença é que no Jetta ele traz comandos sensíveis ao toque, couro perfurado e um acabamento exclusivo com o nome “GLI”.
A manopla de transmissão agora é praticamente a mesma que equipa o T-Cross. Mas no sedã há acabamento vermelho.
Outro ponto positivo do interior é que alguns detalhes de acabamento foram alterados. Agora há linhas vermelhas no desenho do couro das portas e até mesmo do elemento plástico em preto brilhante localizado na região superior das portas e no painel dianteiro.
Os bancos, que antes eram inteiramente revestidos em couro preto com costuras vermelhas, passam a trazer um revestimento perfurado no centro, também com coloração vermelha.
Esse ponto varia de acordo com a preferência de cada cliente para ser definido como positivo ou negativo, assim como o design que foi modificado.
O que piorou na nova linha
As novidades que citamos fizeram bem ao modelo, portanto se essas fossem as únicas mudanças, poderíamos dizer que o Jetta GLI só evoluiu, mas infelizmente não é o caso.
Agora com a Volkswagen divulgando informações mais detalhadas, podemos notar que o sistema de som premium de 300 W assinado pela Beats deixa de compor a gama do modelo.
Outra perda, embora mais simples, foi a da iluminação interna da maçaneta. Ela existia no modelo anterior e foi eliminada na linha 2022.
Falando em maçaneta, no lado externo ela também traz mudanças. Anteriormente, para abrir ou fechar o veículo através da chave presencial era preciso apenas encostar a mão na maçaneta. Agora é necessário apertar um botão para efetuar a abertura ou fechamento das portas.
A central multimídia pode ser considerada um fator positivo e negativo ao mesmo tempo, pelos seguintes motivos:
O sistema de entretenimento de 8”, chamado de Discover Media, foi substituído pela nova central VW Play com tela de 10,1”, ou seja, uma evolução. Contudo, esse novo dispositivo (que também estreou no Nivus) ainda apresenta algumas falhas de software como travamentos, além de não ter mais o GPS embarcado. Isso impede que o mapa de navegação seja projetado no painel de instrumentos virtual com tela de 10,25”. Este que continua igual, mas agora sem essa possibilidade.
Multimídia
Em contrapartida, agora a VW Play conta com conexão sem fio para Android Auto e CarPlay, modo manobrista (que bloqueia as funções da central com uma senha), armazenamento interno de 10GB e possibilidade de receber aplicativos diretamente em seu sistema. Depende apenas do celular apenas para receber o sinal de internet.
Mais uma alteração: os botões físicos para desligar os sensores de estacionamento e o sistema start-stop, que ficavam no console central ao lado da alavanca de câmbio, foram transferidos para a multimídia. É algo que pode desagradar alguns consumidores.
Na linha anterior havia um sistema que permitia pré-definir algumas preferências para diferentes chaves do carro. O sedã já assumia posição de banco do motorista, definições de rádio e de ar-condicionado de acordo com que chave fosse usada para abrir o carro. Essa função deixa de existir na linha 2022.
Conjunto mecânico
A motorização não teve apenas upgrades com a reestilização. Agora uma alteração pode incomodar donos de Jetta GLI que gostam de aplicar modificações mecânicas no modelo.
Tudo bem que a potência aumentou 1 cv, mas agora a linha 2022 não conta mais com a bancada de injeção indireta, apenas com a direta. Assim ele passa a ter somente quatro bicos injetores, ao invés de oito como era na versão anterior.
Outra piora, ainda que leve, aconteceu no consumo de combustível, veja:
Jetta GLI 2021
– Cidade: 9,9 km/l (G).
– Estrada: 12,5 km/l (G).
Jetta GLI 2022
– Cidade: 9,9 km/l (G).
– Estrada: 12,2 km/l (G).
Preços
Vamos agora aos valores cobrados, estes que no final acabam definindo se vale a pena comprar o novo modelo.
Como 0 km atualmente o sedã parte de R$ 216.990 e não conta com opcionais (o teto-solar elétrico, que antes custava R$ 7.430, passou a ser de série). Mas as pinturas podem deixá-lo mais caro. Veja:
– Sólidas: Branco Puro (gratuita) e Cinza Puro (R$ 850).
– Metálicas: Azul Rising e Vermelho Kings (R$ 2.000).
– Perolizada: Preto Mystic (R$ 2.200).
A tabela FIPE atual de um Jetta GLI 2021, logicamente usado, é de R$ 205.116. Portanto, uma diferença de R$ 11.874 ou então R$ 14.074 considerando a pintura perolizada.
Podemos dizer que o Volkswagen Jetta GLI continua sendo uma excelente opção no mercado brasileiro, com diversas qualidades. Contudo, para quem já possui um GLI modelo 2021, por exemplo, talvez a diferença de valores talvez não seja interessante levando em conta as mudanças.